Oy!
Eu raramente falo de curtas-metragens por aqui, mas essa semana foi bem prazerosa para mim nesse âmbito cinematográfico.
Pude desfrutar de duas belíssimas produções, as quais
falarei aqui.
PAPERMAN: Uma produção lúdica, única e sincera
Paperman
Tradução: O Avião de Papel
Ano: 2012
Direção: John Kahrs
Roteiro: Clio Chiang e Kendelle Hoyer
Origem: EUA
Nota: 10
É sobre o quê?
O curta possui apenas 7 minutos, mas são os poucos minutos
que dizem mais do que muitas horas de duração.
A animação em preto e branco é produzida pela Walt Disney e
acompanha a história de um solitário rapaz que leva uma vida burocrática até o
seu caminho ser cruzado por uma linda jovem em uma estação de trem. Ao perceber
que perdeu a chance de se aproximar da garota, o protagonista ganha uma nova
oportunidade ao avistá-la na janela do prédio ao lado. Então, ele atira
inúmeros aviões de papel para chamar sua atenção.
É uma produção lúdica, única e sincera. Não há falas e por
mais simples que seja, toca o coração dos espectadores de forma apaixonante e
sutil. Ele nos mostra que há coisas reservadas para nós nas pequenas
coincidências ou aleatoriedades da vida. Basta apenas nos esforçarmos e
corrermos atrás da nossa felicidade que está escondida nos detalhes mais
intrínsecos do nosso cotidiano.
A direção de arte é belíssima. Os produtores utilizaram uma
nova técnica de animação feita a partir de rascunhos feitos à mão que são
sobrepostos a um fundo digitalmente gráfico, possibilitando um efeito de
profundidade curioso e inovador.
O Avião de Papel (2012) recentemente levou o prêmio de melhor
curta-metragem de animação no Annie Awards e concorre ao Oscar na mesma
categoria. Além disso, o pequeno filme tem tido bastante repercussão nas redes sociais.
Vídeo:
I'M HERE: Uma pequena (grande) obra-prima.
I'm Here
Tradução: Estou Aqui
Ano: 2010
Direção: Spike Jonze
Roteiro: Spike Jonze
Origem: EUA
Nota: 10
É sobre o quê?
O curta é ambientado em uma Los Angeles contemporânea onde
robôs e humanos convivem coletivamente.
Sheldon (Andrew Garfield) é um destes robôs e vive à margem de todas as
exclusões sociais praticadas pelos humanos, levando uma rotina sem graça como bibliotecário.
Sem expectativas, sem alegria, sem vida. Na volta para casa ele conhece Meredith,
uma outra espécime de metal mas que, ao contrário dele, possui um espírito
livre.
A narrativa aborda a história desses dois seres que, apesar
das adversidades, se apaixonam. Juntos eles aprendem a possibilidade de um novo
modo de viver, de querer algo mais, de sonhar.
- Você sonha com o quê?- Como assim? A gente não sonha.- Claro que sim. É só a gente inventar.
Há muita sensibilidade no roteiro, é praticamente um
tributo, uma declaração de amor ao próprio amor. Ele trata sobre a entrega
total e incondicional de uma pessoa sem verbalizar esse sentimento. Não
quantifica, não dá juízo de valor.
A fotografia e a trilha sonora colaboram para a atmosfera da
história e dos pequenos aspectos que tornam esse curta emocionante, cativamente
e triste ao mesmo tempo.
Vídeo:
That's all folks! Vejos vocês na próxima semana!
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