Liberal Arts



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Oy!

Nova crítica para vocês aproveitarem o final de semana com o melhor da sétima arte!
Peguem suas pipocas e divirtam-se

LIBERAL ARTS: Um ode ao envelhecimento 

Liberal Arts
Tradução: Sem tradução oficial
Ano: 2012
Direção: Josh Radnor
Roteiro: Josh Radnor
Origem: EUA
Nota: 9

É sobre o que?

Jesse Fisher (Josh Radnor) é recém solteiro, com 35 anos e começa a se relacionar com uma garota de 19. Essa relação excitante devido a diferença de idade entre os dois, fará com que Jesse passe por um conflito pessoal quando percebe que está envelhecendo. E ao mesmo tempo, personagens que fizeram parte de sua vida o auxiliarão nesse processo de autorreconhecimento.
A sorte nunca sorri para aqueles que dizem não.

Eu gostei de:

Liberal Arts (2012) é o mais novo filme dirigido, roteirizado e interpretado por Josh Rador, o mesmo idealizador de Feliz Obrigado Mais Por Favor (2011), o qual eu já comentei anteriormente aqui no blog.

Dessa vez, o versátil ator de How I Met Your Mother (2005) nos apresenta uma grande história imersa em uma narrativa que trata sobre o autoconhecimento e amadurecimento do personagem principal que passa por uma crise existencial ao perceber o peso que os anos trazem.

O longa começa de forma bem simplória e sem muito desenvolvimento, mas gradualmente vai crescendo e adquire uma interessante tensão dramática que, ao mesmo tempo, é carismática e desconstrói os personagens nele inseridos. Ele engana o espectador e muda de direção quando você menos espera. O roteiro possui muita ansiedade, lida com o stress de não saber quem você vai ser, em quem você se tornou e perceber que no final, todas essas angústias ficaram para trás.
- Nos damos muito bem, não acha?
- Sim! Só não sei se é porque você é adiantada ou se sou atrasado.
Jesse Fisher tem 34 anos e volta para a faculdade na qual estudou para atender à cerimônia em homenagem a um antigo professor. Quando chega no local, ele revive vários momentos de nostalgia referente à sua época de estudante universitário e acaba conhecendo Zibby, uma garota de 19 anos pela qual ele se apaixona. Mas o interessante aqui é que o roteiro vai se desenvolver menos como uma história de amor e mais sobre a relação conflituosa que o protagonista cria dentro de si mesmo devido a diferença de idade entre os dois.

O mais interessante de se perceber é que Zibby, assim como todos os outros personagens inseridos, atuam como uma extensão da própria personalidade de Jesse e o auxilia no processo de crise existencial que está passando. Eles farão o protagonista se desapegar do passado e olhar de forma promissora para o futuro.
Pelo menos eu aprecio a ironia: tive a noite menos romântica da minha vida, com uma professora romancista. 
Destaque para Josh Radnor que novamente se mostra um diretor promissor. Ele soube conduzir o filme e a história de forma muito singela e soube abordar com sinceridade um assunto pertinente a todos nós: o envelhecimento. Além disso, temos a linda Elizabeth Olsen – irmã caçula das gêmeas Olsen – que foi uma das atuações mais prazerosas de se acompanhar.

Liberal Arts (2012) volta ao passado com o intuito de se mover ao futuro. Em vários momentos Radnor poderia ter pegado caminhos problemáticos e frustrantes, mas no final ele nos proporciona, além de saudosismo de momentos que já vivemos, um frescor sobre o processo de envelhecimento e amadurecimento.
Acho que uma das coisas que eu mais gostava por estar aqui, era o sentimento de que tudo era possível. Existem infinitas possibilidades à sua frente.
Eu não gostei de:

A narrativa se perde em alguns momentos devido as constantes mudanças de personagens diferentes que entram e saem a todo o momento.

O filme é muito enriquecedor porque faz inúmeras referências de obras literárias e de músicas classicas, mas há um grande pseudo-cultismo por trás disso e arrogância do personagem principal por achar que somente a cultura que ele consome, é a de qualidade.
Você não acha que está idealizando demais a juventude?
Vale a pena? Vou gostar?

Com certeza, é sempre interessante acompanhar o trabalho de jovens cineastas como Josh Radnor, que possui muito talento e empenho em trazer algo diferente que é pincelado com muito carinho e rabiscado com muita poesia.

That's all folks! Vejo vocês na próxima semana!
Sei que te machuquei e sinto muito. Os erros que cometi foram devido a confusão e não malícia. E venho sentindo uma agitação que só pode ser auto crescimento. Um tributo para lembrar que uma jovem ajudou-me a agir como alguém da minha própria idade. 


Trailer:

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