E aí, sabe? Pois é, o resultado que a gente vê nas telonas dá muito mais trabalho do que se imagina! Quer ver?
Bom, primeiramente, os diretores de arte e figurinistas se
reúnem com diretores e roteiristas, para traçar um perfil de cada um dos
personagens, onde ele vive, a época, o clima, etc. Esses são fatores
determinantes de todo o figurino. Filmes como Maria Antonieta (2005), por exemplo, requerem o dobro de atenção, e
são caracterizados por seu grande trabalho de pesquisa (por isso, talvez,
filmes de época tenham certa predileção em premiações).
Depois, os figurinistas vão às compras: garimpam peças em
lojas, brechós, e até mesmo mandam fazer.
Em seguida, vem a parte mais desgastante: as provas. Os
atores devem experimentar os figurinos um por um, várias vezes, para que
ajustes possam ser feitos, verificar o caimento da roupa, as combinações
possíveis, se a roupa é adequada para a ação ocorrida na cena, etc.
Então, vem o trabalho de desgaste, para que a roupa não
pareça recém-saída da loja (são usadas lixas, lavagem industrial,
descolorantes...)
E existe ainda o trabalho de continuidade: uma cena de ação,
por exemplo, requer várias mudas da mesma roupa, e se ela é rasgada, ou
manchada de sangue, ou suja, a próxima muda usada deve ter as mesmas marcas nos
mesmos lugares, o que requer uma atenção redobrada.
É interessante pensar no quão fundamental um figurino é para
a ambientação e adequação de um filme. Ele é parte fundamental do contexto da
história e em muitos casos, auxilia o próprio ator a entrar no personagem e
criar seu jeito de falar, andar, se movimentar em cena, etc.
Enfim, o figurino constitui, juntamente com o cenário e os efeitos, a sua experiência visual de cada filme!
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