Eu sou suspeitíssima pra falar, porque eu amo as parcerias entre o diretor Tim Burton e a figurinista Colleen Atwood, já que ela consegue captar de forma magistral as ideias do Tim.
Particularmente falando de Alice (2010), a história em si já se propõe interessante, por tratar de imaginação (e, de certa forma, psicose), e essa não tem limites,
mesmo! Em todos os momentos do filme, as roupas fazem a gente acreditar que
qualquer coisa é possível.
Os vestidos da Alice mostram não uma criança, mas uma
quase-adulta. Juntamente com maquiagens e cabelos, nos passam a imagem de uma
garota sonhadora, madura, meio sombria e com uma certa carga emocional inerente
à idade em que é apresentada, que vai ganhando força à medida que se descobre.
O jogo de transparências e comprimentos revelam um pouco de sua personalidade.
A rainha vermelha é um show, porque é interpretada pela
linda da Helena Bonham-Carter até o formato da cabeça dela, somada ao
cabelo, tem o feitio de coração. O vestido foge do óbvio, carregando um
esquema de cores carta de baralho (branco, vermelho e preto), com alguns
corações. O exército dela também é bem característico.
A rainha branca (Anne Hathaway <3), é toda trabalhada na
pureza, tipo a parte ‘do bem’ mesmo. Além do combo vestido-cabelo serem brancos
e a maquiagem acentuando os traços. São muitos tules, pérolas, babados e vestidos super rodados. o trabalho de cenário também tem essa aura
cândida.
E, claro, não há como deixar de falar do chapeleiro maluco.
Ele é o meu xodó, não adianta, é o personagem que eu mais gosto. A maquiagem é
incrível, com olheiras bem marcadas, mas a roupa é sensacional: parece
que ele foi colecionando peças desconexas a cada aventura que vivia (ênfase pra
cartola gigante, cores vivas alternadas com outras mais escuras e para os lenços estampados), contribuindo ainda mais para o ar
de maluco dele.
Os demais personagens, feitos em animação, também trazem informações bem bacanas, complementando de forma magistral um figurino que
seria digno de um Oscar!
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